terça-feira, 18 de maio de 2010

Justiça investiga "abuso policial" contra o padre Silvio Andrei


Defesa de Padre Sílvio questiona métodos aplicados na prisão

A Justiça de Ibiporã requisitou nesta terça-feira (17) imagens gravadas do padre Silvio Andrei, feitas pelo circuito interno de Delegacia local, na manhã de domingo (16). O religioso foi preso sob a acusação de dirigir embriagado, nu e ter tentado subornar policiais militares. A Justiça investiga se houve abuso policial no episódio.
Fotografias exibidas pela defesa do padre mostram marcas de algemas nos pulsos do acusado e ferimentos na cabeça. O advogado Walter Bitter afirmou nesta terça, em entrevista à rádio Paiquerê AM, que não havia necessidade de algemar o padre pelas pernas, como mostraram imagens das televisões que noticiaram a prisão do religioso. "Ele não oferecia risco algum, não é tão forte que pudesse ameaçar os policiais e nem é bicho para ser preso pelos pés", disse o advogado.
Silvio Andrei foi solto, com base em habeas corpus, no início da tarde de segunda-feira. Ele retornou a São Paulo, onde reside e de onde apresenta programa na TV Canção Nova.

Polícia

Para o comandante do Pelotão da PM de Ibiporã, tenente Marcelo Barros do Nascimento, as acusações do advogado não passam de “artimanhas” de defesa, uma vez que não houve nenhuma representação contra os policiais. Segundo ele, não é proibido que os policiais usem celulares particulares para fazer fotos.
“O que é vedado é a divulgação destas imagens. As fotos mostram o policial militar tirando a foto, então não foi ele quem divulgou. Se houver qualquer denúncia sobre a conduta dos policiais vamos investigar”, afirmou.
Para o tenente, a defesa está querendo “tirar o foco” da prisão ao declarar que a ação foi tendenciosa. Ele disse que os policiais agiram dentro da lei ao não aceitarem a propina oferecida pelo sacerdote. “Em vez dos policiais serem parabenizados por não receberem a propina, eles estão sendo acusados de excesso. Acredito que estão tentando inverter o foco da história.”

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