sábado, 30 de outubro de 2010

Graças a conscientização denúncias de abuso sexual estão aumentando


No ano de 2010 foram registrados em Ibiporã, do mês de janeiro a outubro, nove casos de estupro ou de abuso sexual, tendo como média de um caso por mês. Os casos são encaminhados pela Polícia Civil, ao Conselho Tutelar da cidade.

Os conselheiros tutelares de Ibiporã, Damião e Cleverson, dizem que o aumento das denúncias de casos é devido a conscientização dos pais. “Há três anos que estamos trabalhando a questão das denúncias e os pais ou responsáveis pelas crianças, estão trazendo a tona os casos de abusos”, comentou Damião e Cleverson.

Eles também dizem que muitas mães não denunciam, por medo de prejudicar quem sustenta a casa. “As vezes o abusador é o pai ou padrasto. As mães não levam os casos a conhecimento da polícia, porque não querem perder a pessoa que mantém financeiramente a casa”, disseram os conselheiros.

O Conselho Tutelar trabalha em parceria com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e com o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), que realiza ações de assistência à vítima de abuso sexual, que na maioria das vezes é crianças.

As denúncias poderão ser feitas através do telefone do Conselho Tutelar, que é o 3178 0212, ou pela Ouvidoria dos Direitos Humanos de Brasília, pelo nº 100. Ouça no áudio abaixo a entrevista completa do repórter JD, com os conselheiros tutelares, Cleverson e Damião.

Fonte : tudoibipora.com.br

quarta-feira, 27 de outubro de 2010


O Locutor “Dez Reais”

Ele é versátil. Dança na porta da loja, microfone na mão, passinhos para cá, para lá, mas ninguém vê. Os vendedores estão ocupados enquanto clientes entram e saem sem notar aquele sujeito com voz empostada, começando as frases sempre com “Muito bem”, ou “É isso aí”. Entre imitações do Silvio Santos e uma ou outra piadinha, ele repete promoções, fala sobre “ofertas incríveis” e valoriza que o celular está barato.
Do outro lado da rua um carro de som não deixa duvidas: “Auto-escola “Y” a mais barata!”. O volume está tão alto que até a Dona Carmem que mora no décimo andar do edifício da esquina perdeu o fim da receita que a Cloara Pinheiro passava na TV. “Que povo mal educado!” Ela resmunga. “Será que ninguém tem mais direito a sossego?”.
O que Dona Carmem não sabe é que, seja na porta de loja, no carro de som, no super mercado ou mesmo nas rádios, eles estão lá: O locutor dez reais.

Essa espécie, cada vez menos rara, sobrevive à custa de um volume de trabalho que justifica o baixo preço. Com a possibilidade de qualquer um acoplar um microfone no computador, baixar um software e sair gravando, criou-se um novo mercado nivelado completamente por baixo.
Os argumentos são muitos: “Se não for assim o cliente não aceita”, “Tem muita concorrência”, “Esse mercado é pequeno”, “Eu ganho no volume”, e por aí vai, sempre criando uma falsa sensação de que não há remédio, que esse é o valor correto e pronto.

Tem também o “locutor genérico”, que vive de imitações do Jorge Ramos (o do cinema), Dirceu Rabelo (TV Globo) e outras vozes conhecidas, sem ao menos disfarçar sua motivação em “Fazer igual cobrando menos”. Mas quem faz assim, nunca chega aos pés do original que, não à toa, cobra bem mais.

E os “Waguinho´s Cover” que pipocam em todos os lugares, tentando fazer igual, mas obviamente cobrando menos?

Essas espécies não são fenômenos desconectados de uma razão maior. Talvez parte da explicação esteja no próprio rádio que continua se desvalorizando como veículo, perdendo espaço, permitindo a perda de anunciantes até para panfletos publicitários.

É assim porque perdemos o foco. Nós esquecemos que trabalhamos com a possibilidade de criar mundos na cabeça do ouvinte, de explorarmos sua imaginação, de adaptarmos nossa linguagem aos seus anseios, suas vontades, suas projeções. O rádio virou burocrático, os departamentos artístico e comercial falam línguas opostas, são distantes um do outro, em muitos casos até competem entre si, esquecendo-se que o artístico é o barco, mas o comercial seu motor. Quantas vezes eu vejo diretores artísticos que fazem questão de serem inimigos do comercial, e vice versa.

Se por um lado os financeiros querem sempre diminuir custos (e eles tem suas razões para tal) o artístico bate o pé achando que “sem dinheiro não dá”. Por que não? Talvez seja mais difícil exigir de sua criatividade, driblar as dificuldades com boas idéias e fazer mesmo com pouco investimento. É mais fácil criar com dinheiro, mas é possível criar sem.

O fato é que basicamente vivemos um problema de visão. Nos enxergamos como o patinho feio da comunicação e tocamos nosso negócio sem entusiasmo, sem margem para ousar, sem nenhuma criatividade. Faz-se rádio como se fazia em tempos pré internetianos e tenta-se colher um resultado que desse jeito não virá.

Dizer que os tempos estão mudados e que precisamos de conteúdo, não é suficiente se você não agir conforme discursa. Rádios colocam conteúdos no ar somente com o argumento de que se “A rádio tal fez, é porque deve ser bom”. (Você nem imagina quantas vezes já ouvi coisas assim!).

Enquanto isso, eles, os “locutores dez reais” pipocam para todos os lados, desvalorizando o mercado e, de certa forma, ocupando essa brecha que o rádio abriu com sua falta de visão, com seu método de gerir baseado na implosão.

É claro que isso não é somente um fenômeno mercadológico. Sei que as novas tecnologias mudam o jeito de conduzir qualquer negócio e que o acesso a um “home estúdio” facilitou as coisas, mas não da para olhar para o fulano da loja com voz de Silvio Santos cover, nem o “locutor dez reais” como algo desconectado da nossa realidade, da nossa falta de visão e identificarmos nisso tudo reflexos da maneira como estamos levando nosso negócio.

A culpa é nossa também e, enquanto não fizermos nada, iremos conviver com um cenário cada fez mais “prostituído” e desvalorizado.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ratinho Jr. é o mais votado, com 358 mil


Ratinho Júnior (PSC) foi o candidato à Câmara Federal mais votado do estado na história. Ao todo, conquistou 358,9 mil votos – o que corresponde a 6,32% dos votos válidos. A votação expressiva garantiu praticamente três das quatro vagas conquistadas pelo PSC paranaense.
O deputado federal atribuiu a confiança do eleitorado ao trabalho que vem realizando na Câmara, mas também ao apoio que recebeu do seu pai, o apresentador de tevê Carlos Roberto Massa. “Obviamente, não posso renegar o apoio do meu pai, mas os serviços prestados ao estado também foram fundamentais”, destacou ele, que foi reeleito para o seu segundo mandato como parlamentar em Brasília aos 29 anos – o deputado mais jovem da bancada eleita.
Ratinho Júnior foi o deputado estadual mais votado em 2002, quando se candidatou pela primeira vez à Assembleia Legislativa. Quatro anos depois, concorreu à Câmara pelo PPS. Na ocasião, foi o segundo deputado federal mais votado do estado, com 205,2mil votos. Em 2007, deixou o PPS para se filiar ao PSC, onde ocupa o cargo de presidente estadual.
Apesar de ser natural de Jandaia do Sul, o deputado tem como área de atuação Curitiba e região metropolitana. Em 2008, chegou a ser cogitado como candidato à prefeitura da capital. Com a expressiva votação neste ano, as chances de o deputado concorrer em 2012 à prefeitura aumentam, mas ele nega que isso esteja nos planos. “A minha intenção é continuar o trabalho na Câmara, representando com dignidade o estado do Paraná em Brasília”, disse.