sexta-feira, 18 de junho de 2010

Delegado finaliza inquérito sem indiciar policiais que prenderam padre


O delegado responsável pelo caso, Marcos Belinati ouviu três Pms que prenderam o padre, um investigador que estava de plantão na delegacia entre outras testemunhas. Mas não concluiu se houve ou não excessos por parte dos policiais.
Em conversa com a imprensa o delegado disse, “fizemos uma análise bastante objetiva, não emitimos juízo de valor ou uma opinião pessoal”.
O padre Silvio Andrei alega que na delegacia foi algemado sem necessidade, agredido verbalmente (chamado de pedófilo) e humilhado pelos policiais.
Em depoimento os Pms dizem que algemaram o padre pela canela para evitar que ele tivesse acesso a arma do plantão da delegacia e negam qualquer tipo de agressão.
Imagens do circuito interno da delegacia de Ibiporã mostram um policial militar impedindo o padre de vestir as calças, mesmo depois do ato de flagrante e após a chegada da imprensa, em seguida o padre leva um empurrão.
Segundo Marcos Belinati, no depoimento os policiais deram as seguintes explicações, “o policial alegou que eles teriam que fazer fotos do padre na situação em que ele foi preso para instruir o inquérito policial, razão pela qual ele teria sim retirado a calça da mão do padre” e completa, “o empurrão o policial alega que o padre entrou nessa sala do investigador de plantão, mesmo solicitando que ele saísse, ele não saia e realmente ele o conduziu de uma forma brusca até; e a versão do policial é de que como o padre estava apenas de meias e algemado com as mãos para traz isso pode ter potencializado esse empurrão e feito que ele acabasse batendo com o rosto na parede como mostram as imagens”
O inquérito foi encaminhado nesta sexta-feira (18), para o ministério público, se a promotoria entender que há indícios de abusos por parte dos policiais, oferece denúncia para justiça, o que deve levar no mínimo quinze dias.
O primeiro inquérito sobre a prisão em flagrante do padre Silvio Andrei no dia 16 de maio foi concluído quinta-feira da semana passada e também encaminhado para o ministério público. Silvio Andrei é acusado de dirigir embriagado, de ato obsceno e de corrupção ativa porque teria oferecido dinheiro aos policiais para não ser preso.

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